um beija-flor
o outro não beija nada
nem a fêmea imaculada
nem a flor que solitária
murcha com a falta do beijo
que beija-flor que nada
açúcar ou mel e dor
para enfeite de parede
para alegrar a meninada
foi engaiolado com amor
com amor! sim senhor!
só beija flor de plástico
virou pássaro monástico
severino-beija-flor
numa gaiola de ouro
voa menos do que besouro
e diverte o garimpeiro
cadê o beija-flor?
alguém surpreendido...
será que serviu ao gato?
o vizinho estupefato
um tanto emputecido
gritou em vão:
morreu, meu deus...
com o amargo do almeirão
j. a. pelegrina, 24/02/97
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
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