das víboras descalças
das tarântulas em fogo
do triângulo da morte
Eram os templos
da carne posta à sorte
pela peste galopante
dalgum ser que galopava
Eram os templos
onde ali não se amava
só de gozo se morria
o guerreiro plutocrata
Eram os templos
de abóbadas purpúreas
e calçadas reluzentes
aquecendo genitálias
Eram os templos
das palavras que enganavam:
multimídia, massa, merda
lerda, lassa - ludibriavam
Eram os templos
dos pacotes - não das árvores
dos pinotes dos algozes
socorrendo condenadas
Eram os templos
dos juizes maltogados
casamentos malogrados
enlouquecendo velhos padres
Eram os templos
descaindo no espaço-
-tempo curvo do umbigo
e dos lábios que grelavam
Eram os templos
em falos formatados
que ruíam em certo tempo...
carnes, cornos, cus e ralos
j. a. pelegrina, 24/03/99
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