de vôo em vôo
na corola se esbalda
e se esquece
como é lume
como é bela
sobretudo a amarela
me arrebata
se enfraquece
com o tempo
desde quando
a crisálida rompera
a borboleta tão bem feita
pelas mãos
de um designer
deus-esmero
quase ateu me desespero
espero outra borboleta
em meu neurônio petalado
à frente de qualquer neuroma
que me traga
alvissareiras
pelo que tenho de viço
quase vício
alça de grifo
minha unívoca voadora
que vexame não me causa
o teu panapaná
para lá e para cá
e eu tão só
j. a. pelegrina - 01/03/2003
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