e os asseclas dela em volta
simulavam dementes
à luz a prole solta
o namorado emputecido
descria ou duvidava
em virtude do ácido
que há nove meses tomava
pela janela olhava insano...
jogou-se como quem
salvasse-se do transtorno
sumindo em salamaleques
a deus – malgrados!
ódio – aos anjos ébrios
e os gestos desazados
com pensamentos réprobos
os asseclas viraram cinzas
o femeaço caiu no mundo
a pústula insiste ainda
no seu útero profundo
lesma desgovernada
já não serve à indecência
feia e desbordada
deu-se à claudicância
olhando para os céus
vê o amado flutuante
em miniatura nos seus
lacrimejares constantes
e asnos cuspindo alho
com perdigotos de sangue
flagelam o espectro que olha
a amada outrora azougue
farpada pelo destino
a bela, a puta, humana
arrasta consigo um menino
vitrificado em porcelana
j. a. pelegrina, 07/06/2003
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