sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Injusta (Arco Descendente)



(Então, Dona Imundícia? Cai pra dentro!)


A injustiça do mundo!
O que faço com ela?
Sinto seu cheiro...
Olho em seus olhos...
Abalroo sua derme
E sinto sua existência
Maior do que a minha.

Ela possui todos os sentidos
E todas as armas contra mim

A injustiça do mundo
Essa hermafrodita oleosa
Lés a lés e semovente
E especialmente bela
Aos olhos de seus filhos

O que faço com ela?
Sinto seu cheiro
Olho em seus olhos
Que me hipnotizam
Olhos de mormaço...
O que faço para esquecê-la?

Convivo com todos seus adjetivos.
A injustiça silenciosa do mundo retumbante.

A injustiça do mundo, véio!
A injustiça do mundo, mano!
A injustiça do mundo, tio!
A injustiça do mundo, irmão!
A injustiça do mundo, doutor!
A injustiça do mundo, excelência!
A injustiça do mundo, amigo!
A injustiça do mundo, pai!
A injustiça do mundo, filho!
A injustiça do mundo, espírito santo!
A M É M, M Ã E!!


j. a. pelegrina, 09/04/2006

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